A minha experiência das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ Lisboa 2023)

Nunca irei esquecer as Jornadas Mundiais da Juventude de 2023. Parti, rumo a elas, a convite do grupo dos "Jovens Renascer" da paróquia do Mosteiro de Paço de Sousa, na pessoa do Paulo Moreira um dos líderes do grupo e cofundador do mesmo, jovens bastantes animados, cheios de espírito de união, fraternidade, inteligentes, estrategistas, aventureiros, corajosos e também com espírito de entrega e missão, o que para mim foi um aceitar indispensável do convite feito por eles. Na altura, em que todos os caminhos davam à Lisboa, assim também o fiz saindo do cantinho verdejante que nos foi dado por Deus na pessoa do Pai Américo e que é, amorosamente, cuidado por quem lhe sucedeu e por aqueles que nele laboram.

Assim sendo, a minha eterna gratidão a todos os que tornam a nossa Obra da Rua cada fez mais viva, eficaz e activa nas suas actividades, sempre com o objectivo de acolher os pobres, ao dar-lhes esperança e boas razões para manterem-se vivos e poderem contemplar o verdadeiro amor de Jesus Cristo Nosso Senhor, que sempre ofereceu-se e deu-se ao serviço dos pobres e dos mais necessitados sem medidas e muito menos exclusões, assim também é a sina desta Obra Magnífica que é a Obra da Rua representada pelos nossos padres e todas aquelas pessoas de boa fé que a têm mantido erguida até aos dias de hoje. Sem esquecer de agradecer também, os nossos amigos e benfeitores que tornaram possível a minha viagem até à Capital. Não posso olvidar de forma muito especial e carinhoso em mencionar o meu querido e amado pai Telmo Ferraz, que por meio dele e dos seus testemunhos fervorosos de fé em Deus, impulsionou-me a participar da JMJ, uma vez que me tem sempre formado espiritualmente e humanamente com as suas atitudes e com o seu modo de ser, lembrar também do «Padre José Alfredo» meu responsável no âmbito formativo, muito menos Pe. Júlio, nosso Administrador e Director da Obra da Rua.

Foi com enorme alegria que atendi as Jornadas, uma vez que há muito gostaria de participar duma JMJ e graças a Deus me foi concedida esta honra. Nelas, Francisco, Vigário de Cristo enfatizou um pedido de perdão necessário; pedindo aos jovens para que não tenhamos medo, que a Igreja somos Todos, é de Todos e para Todos, sem exclusão de ninguém; o pedido de perdão às Vítimas de abusos sexuais. Hoje sabemos nós que, aí, não tivemos bem e com Igreja que somos, corpo místico e colectivo, também nos imbuímos com o Papa Francisco, pedindo perdão. Também de forma particular com enorme gáudio recebi a mensagem do Santo Padre que, com palavras de inclusão, chamou à comunhão aqueles que há muito eu já trazia no meu coração: os deficientes, as diferentes culturas, cor da pele, povo, raça e não, não importa, mas sim devemos aprender a lidar com tudo e com todos e procurarmos ser mais coesos, amorosos, tolerantes, olhar o meu irmão de baixo para cima ou de cima para baixo para ajudálo e não fazer troça ou fazer pouco dele, somos todos filhos de Deus. «La Chiesa è di tutti i popoli, culture e continenti!».

Ver o Papa de perto foi um momento único para mim de tanta emoção que partilhei com jovens de todo o mundo e conhecê-los trouxe-me uma riqueza cultural única à Jornada. Nela Papa Francisco desafiou-nos a comunicar linguisticamente falando, além-fronteira sem medo, sem preconceito e sem exitar, aprendi um pouco de diferentes idiomas partilhando risos, experiências culturais, histórias e amizades acima de tudo, onde trocas culturais enriqueceram a minha cosmovisão de uma forma inesquecível. Além domais, explorar a cidade de Lisboa com o grupo do «Jovens Renascer» do Mosteiro de Paço de Sousa, foi uma verdadeira aventura!

Desde o visitar as ruelas históricas, miradouros, lugares exóticos e deslumbrantes, cada canto da cidade Capital nos foi cativante tendo uma história por contar e experiências por transmitir.

Não gostaria de esquecer também a todos voluntários da paróquia do Vale de Fiqueira que nos acolheu durante a semana toda.

Que o Senhor seja louvado pelo nosso Sumo Pontífice e a Obra da Rua, nos dando a graça duma rápida canonização do nosso querido e amado Pai Américo!

Adão Mbije Vicente