CALVÁRIO
Com as obras a terminarem e o licenciamento junto da Segurança Social a ser ultimado, estamos a reunir novamente voluntários para o Calvário. Os do passado recente e os do presente e futuro. Uma marca desta intuição do Pai Américo e da realização do Padre Baptista. Quantos, cuidando dos doentes sem família, aprenderam a cuidar dos que partilham o próprio sangue e história familiar. Sem repulsa e sem medo.
Com um quadro de pessoal fixo que assegura os cuidados gerais aos doentes e também suportam as áreas de apoio que gerem a vida da Casa, não queremos dispensar aqueles que sentem o apelo a estarem no Calvário ao lado dos doentes.
A presença de companhia, o suporte para pequenas actividades pessoais que ainda conseguem realizar, o acompanhamento a uma visita ao médico ou realização de algum exames, o estar ao lado dos que sofrem é a tradução quotidiana e realista do discurso de Jesus sobre a parusia em Mateus 25, 35-36:
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes-me ver.
Este querer estar junto dos doentes é uma profissão de fé. Um gesto de esperança. Uma obra de caridade. Mas a maior é a última de todas. E também a mais necessária para o Calvário em evolução e que não perca o Evangelho!
Padre José Alfredo