DA NOSSA VIDA

O GAIATO

Chegado aos 79 anos de vida, começamos já a olhar para daqui a um ano, em que O GAIATO completará 80 anos. Agora vamos nas 2061 edições, então estará na edição número 2087.

Mas mais que a longevidade nos anos de existência, importa olhar o Bem que se foi gerando no coração dos seus Leitores e nas obras que esse Bem produziu. Tal como continuamente há a necessidade de abrir as portas ao Bem, há também o anseio e o contentamento que dele resultem obras de Justiça. É tarefa inacabada no mundo, enquanto ele for, acolher o Bem e gerar obras que alimentam a vida, porque a vida carece de alimento.

O GAIATO nasceu no coração de Pai Américo como fonte de Bem para saciar a fome e sede de Justiça que o impelia a cuidar dos seus Pobres. Pel'O GAIATO, incarnando a dor dos Pobres, atraía para Eles outros como ele insatisfeitos com as injustiças do mundo, e despertava os distraídos, insensíveis ou indiferentes, para a urgência de satisfazer as carências dos Pobres.

Os seus continuadores tomaram o testemunho, e seguiram fiéis ao imperativo de continuarem a gerar O GAIATO no meio dos Pobres, para continuar a ser a Sua voz. Hoje, a fidelidade e a comunhão no mesmo espírito, não se distraem nem divergem da fonte de todo este Bem, nem da fecundidade em que o mesmo incarna.

O GAIATO é, de facto, um imperativo por si mesmo. A sua vida nasce para que a Obra que em Pai Américo foi concebida e desenvolvida, continue o seu processo de crescimento ao longo do tempo, em que O GAIATO é um esteio fundamental em que assenta toda a Obra da Rua e todas as suas realizações. Não se pode conceber a Obra da Rua sem a existência, viva e autêntica, d'O GAIATO.

Alegramo-nos com mais um aniversário do nosso Jornal. Ele que não crescendo com o tempo, antes mantendo-se pequeno no seu tamanho físico, é grande no seu conteúdo. A grandeza dos pequenos está normalmente escondida ao olhar. Quem diria que os pequenos têm tanta dignidade aos olhos de Deus, a ponto de Seu Filho dizer que quem acolhe um pequenino é a Ele que acolhe?!

Em cada tempo O GAIATO exprime-se em linguagem adequada. Quando a comunicação se fazia nas ruas Ele andava nelas. Agora que o papel já é menos a base da comunicação, também O GAIATO segue a par, aparecendo à semelhança de outros, também nos canais da comunicação virtual ou digital como O GAIATO digital.

Padre Júlio