DA NOSSA VIDA
Caridade
Pela segunda vez veio até nós mostrando-nos, num saco plástico, os medicamentos que toma. Fora um senhor padre que o mandara vir ter connosco, onde receberia ajuda. Gostamos que os senhores padres nos mandem os pobres que os procuram e não podem corresponder aos seus pedidos. Antigamente muitos dos nossos rapazes vieram a pedido dos seus párocos ou de outros sacerdotes. A manifestação de interesse é início de ajuda. Nem sempre têm possibilidade de ajudar os pobres que lhes batem à porta ou as próprias comunidades cristãs não lhes estão sensíveis. Mas o serviço da caridade será sempre o distintivo de uma comunidade cristã.
A Igreja deve viver em caridade. É o seu modus vivendi. A nossa Obra, que é da Igreja, vive da caridade e testemunha a caridade. A caridade, embora seja o cume da vida espiritual, não fica alheia às necessidades materiais das pessoas, não se pode pregar a estômagos vazios, afirmações do dizer e fazer de Pai Américo.
Uma mãe, que conhecemos há muitos anos, voltou a precisar de ajuda para a sua família, e numa mensagem sms expõe a sua aflição: «o meu marido o mês passado foi ao médico no dia 4, no dia 12 ao hospital fazer exames, no dia 15 fazer outros exames e no dia 20 à consulta e dia 22 foi chamado ao centro desemprego… Recebi uma mensagem para ir fazer um exame de radiologia eu para ir tenho que ir de carro de praça não tenho outra alternativa… mas não tenho como pagar água, luz, botijas de gás e a net medicação para mim e o meu marido, e fazer algumas compras de alimentos… se me poderia ajudar por favor a menina está estudando…» (sic)
Conhecemos bem a situação. Não costumamos ajudar na net. Só quando há uma razoável justificação, neste caso a menina (filha) está a estudar. O problema de subsistência voltou desde que o marido teve um acidente de tractor. Até aí ia ganhando para sustentar a família. Agora, o que recebe não chega.
Lá iremos pelo banco e levando alimentos. Os nossos amigos dão-nos o que necessitamos mais o excedente para os nossos pobres. É a caridade que confia e ama.
Natal
Anuncio-vos uma grande alegria»!
Há mais de 2000 anos que a proclamação desta grande alegria é renovada. Todos os anos tal acontece. Quem reconhece esta alegria no meio de tantas alegrias e tristezas que enchem este mundo?
Esta alegria que é Jesus o Filho de Deus, é a causa de todas as verdadeiras alegrias que se experimentam na vida do mundo e a pedra de tropeço para os que buscando alegrias encontram tristezas. Ele é também a causa da alegria eterna que enche a Casa de Seu Pai e todos os que n'Ela entrarem.
Uma vez mais o convite para que a Fonte da alegria seja a causa da alegria de cada um, a partilhar.
Padre Júlio