Falando de PAI AMÉRICO
São já passados 66 anos da "partida" de Pai Américo. E porque a data é sempre lembrada e respeitada, eis umas linhas que me inspirou a referida data.
Eu não estive presente no trajecto do funeral, desde a Igreja da Trindade, Porto, a Paço de Sousa. Como era dos mais velhos, fui escolhido para ficar na nossa Aldeia a receber os inúmeros Amigos que foram chegando. E todos eles manifestaram a sua mágoa e tristeza, pois tinha desaparecido uma figura ímpar da nossa Casa e do mundo.
Escrever sobre o nosso Pai Américo, não o sei fazer como devia. Foi um Pai que nos amava e castigava, com a devida justiça e nos ensinava a aceitar o bem.
Ao longo dos 78 anos de gaiato, 12 foram na sua companhia. Não tenho palavras para testemunhar o quanto nos queria!
Passando em revista a minha permanência nesses anos, direi que fui para a copa uns dias e depois transitei para a lavoura. Alguns meses depois, Pai Américo mandou-me para o Porto aprender tipografia. Quando regressei e já com alguma sabedoria, compus o nosso Jornal e ensinei alguns colegas.
Mais tarde adoeci e fui internado. e aqui uma vez mais, vi o quanto Pai Américo amava este seu filho... Curado, voltei e fiquei a trabalhar na Administração de «O Gaiato», aonde ainda permaneço, embora com algumas limitações...
Por tudo, um bem-haja a PAI AMÉRICO, à Obra da Rua e a todos os que nela se gastam!
Manuel Pinto