MALANJE

Depois de 16 anos, fomos visitar a Casa do Gaiato de Benguela. Uma promessa feita ao nosso padre Manuel António de feliz memória. São 820 km passando por Luanda e 14 horas de carro ou 640 km directo e 11 horas de carro. Para os que somos preguiçosos para viajar, a primeira vez torna-se um mundo.

Nos encontramos com o padre Quim e os Rapazes. Actualmente à volta de 140 de entre 5 e 23 anos, pois alguns Gaiatos vão à Universidade e continuam em Casa. Outros estão em regime externo que fazem a vida em Casa, mas dormem na casa de algum familiar.

Como em todas as Casas, a principal actividade é agro-pecuária para poder atender as necessidades de alimentação e sensibilizar aos rapazes que estas áreas são vitais e incontornáveis no desenvolvimento.

Os Gaiatos assumem as diferentes responsabilidades dependendo da idade e das capacidades. Mais, vemos uma Casa com sabor a Gaiato, pois a liderança no governo e toma de decisões na Aldeia está na base da pedagogia e espírito da Obra da Rua.

O padre Quim tem dado o seu máximo e está verdadeiramente doado à Casa. Como a todos os padres da Rua os problemas batem à sua porta todos os dias e a toda hora. A necessidade de outro padre e colaboradores continua a ser uma necessidade urgente. As irmãs cooperadoras paroquiais são verdadeiramente mães dos nossos rapazes.

Angola tornar-se o lugar idóneo para dar continuidade à Obra da Rua no seu espírito genuíno. Muitos desafios ficam na gaveta para o futuro... e tudo passa por fortalecer os laços das duas Casas e sua vinculação num projecto conjunto de promover a Obra da Rua em Angola. Precisamos de padres da Rua disponíveis para esta missão, sempre olhando para os pobres.

Padre Rafael