MALANJE

Este ano aprovámos um novo regulamento interno e começámos a implementá-lo este ano. Seguindo o modelo das Casas Portuguesas, alargámos e adaptámos algumas partes do mesmo para ter em conta o contexto angolano.

Na nova releitura das Casas do Gaiato não queremos perder dois pilares muito importantes como o conceito de família e o autogoverno dos jovens. Tudo isto significa que os adultos gaiatos estarão mais envolvidos na gestão e manutenção da Casa, bem como na tarefa educativa.

Uma das grandes inovações é a equipa de educadores encarregada de acompanhar mais de perto os processos individuais de cada criança. Este grupo é composto por um dos responsáveis de cada casa e por um adulto nomeado pela direcção. Actualmente, são quatro rapazes e uma das Irmãs. Começaram o seu trabalho analisando e escolhendo as crianças que vão entrar este ano.

A direcção técnica, que foi especialmente solicitada pelas instituições estatais para acompanhar e ajudar na orientação dos jovens e nas relações da Instituição com o Estado, ainda está para vir.

Este ano já recebemos oito novatos e estamos provavelmente à espera de mais seis. Por outro lado, alguns mais velhos, com mais de 18 anos, estão a sair por mau comportamento. A Casa do Gaiato vive sempre na tensão de que somos uma família, mas há limites que não devem ser ultrapassados.

Continuamos com as pequenas obras e a entrada que vamos construindo à medida que nos vão oferecendo sacos de cimento. Os cursos de formação já estão a funcionar e serão oficialmente inaugurados a 23 de Outubro, dia do nascimento de Pai Américo.

Padre Rafael