MALANJE
No Natal, somos convidados a contemplar o nascimento de Jesus e a actualizá-lo para os dias de hoje. Para além dos factos históricos, saboreamos os acontecimentos, os pormenores, as intenções e as consequências para o dia-a-dia.
Deus fez-Se carne, não para estar connosco, mas para ser um de nós. Desta forma, revela-nos que, para Ele, amar é sentir o que o outro sente na sua própria pele. Ter consciência de que estamos inseparavelmente unidos a todos os homens e a toda a Criação.
Deus nasceu numa pequena aldeia e numa manjedoura. Porque o amor de Deus tem uma predilecção pelos lugares esquecidos e não contados. Porque quando nos encontramos nas piores circunstâncias, esquecidos por todos, devemos encontrar alguém que descobriu Deus em Belém.
Deus dá-nos um bebé. A ternura é o primeiro sentimento que surge quando o amor de Deus é aceite. Encontramos a força de Deus na sua fraqueza. Com o passar do tempo, aprender a aceitar os nossos limites e os dos outros abre uma vida de esperança.
Hoje em dia, muitos de nós, neste vai e vem de preparação para o Natal e para as reuniões familiares, o Menino Jesus pode ter nascido sem nos darmos conta. Para além da nostalgia de pensar como seria o Natal com os nossos entes queridos que já não estão entre nós, não esqueçamos que podemos celebrá-lo com aqueles que nos são queridos e que estão presentes.
A nossa Obra é também convidada a celebrar o Natal fazendo-se cada vez mais carne com os Pobres e os que sofrem. Indo ao encontro daqueles que ainda estão esquecidos. Abraçar com ternura os limites da pobreza dos que nos são mais próximos. Cada Casa do Gaiato deve tornar-se, todos os anos, uma Belém viva. Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
Padre Rafael