MIRANDA DO CORVO

SEMANA SANTA — A primeira semana de férias escolares coincidiu, neste ano de 2018, com a Semana Santa, que é uma semana muito importante na Igreja, pois nela celebramos a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus. Como vem acontecendo há vários anos, foi bom deslocarmo-nos ao lindo Santuário de Fátima, para nos confessarmos — aqueles que já foram baptizados; mas, os outros também têm aproveitado esse dia espiritual, de retiro dos Rapazes desta Casa. No sagrado Tríduo Pascal — de Quinta-feira Santa ao Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor, sendo da Igreja a nossa Obra da Rua, também somos chamados a participar nas celebrações do Mistério Pascal de Cristo. Para todos os nossos amigos leitores, votos de Santa e feliz Páscoa!

SOPA DOS POBRES (19 DE MARÇO DE 1932) — Esta data significativa é sempre lembrada nesta Casa e em toda a Obra da Rua, porque foi nesse dia, festa de S. José, que o senhor Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva, inaugurou a Sopa dos Pobres, na Rua da Matemática, em Coimbra, e confiou essa missão ao nosso querido Padre Américo, no serviço aos Pobres. O nosso querido Padre Carlos dizia, e com razão: — A nossa Obra começou no dia 19 de Março de 1932, em Coimbra! Então, neste ano, comemoraram-se 86 anos (!) deste acontecimento importante na vida e na história da nossa Obra, desde as origens, considerando que depois (em 1935-1939) Pai Américo foi organizando as Colónias de Férias do Garoto da Baixa de Coimbra (em S. Pedro de Alva e Vila Nova do Ceira), que entretanto conduziram à fundação da Casa de Repouso do Gaiato Pobre, em Miranda do Corvo (1940) e às outras Casas do Gaiato, como a de Paço de Sousa (1943 — há 75 anos!). Também, neste dia importante, lembrámos todos os nossos queridos pais, especialmente no Terço e na Celebração da Eucaristia.

AGROPECUÁRIA — Depois de um ano agrícola seco, marcado por muitos incêndios florestais de triste memória (Pedrógão Grande, Oliveira do Hospital, etc.), os níveis das barragens e albufeiras desceram muito. Mas, nos meses de Fevereiro e Março, foi chovendo, embora a precipitação não seja suficiente para as necessidades de água na actividade agrária e para consumo humano. Nos vários terrenos da nossa Quinta, bem ocupados com os olivais e a cultura de aveia (para palha), com a humidade que tem havido, a sementeira de aveia foi germinando e vêem-se assim mantos de verdura nas diversas parcelas. Seria bom que esta cultura se fosse desenvolvendo conforme esperamos, pois a sua produção é bem precisa para o consumo animal. Mas, acontece que os corvos, negros, que ainda voam nos céus da região, vão fazendo das suas aterragens à vista da gente, pois eles gostam muito pousar nos nossos campos e debicar à vontadinha, sem autoridade que ponha mão neles, estando protegidos. Seria melhor pormos uns espantalhos, mas é verdade que vai chegando para todos... Como se tem feito nos anos anteriores, nas nossas matas, mesmo com chuva, tem-se andado a fazer a limpeza de parte da nossa área florestal. Recentemente, esta tarefa tem sido na nossa zona da mata do olheiro; onde já se aproveitou alguma lenha, que depois se rachou e guardou em rimas no nosso barraco. Para além disto, teve de se limpar outra vez uma área florestal envolvente de duas casas do Património dos Pobres (de 1952), no lugar das Fontaínhas, a poente, acima da estrada à entrada desta Vila. Esta foi uma tarefa difícil, pois o declive dessa encosta é grande, que teve de ser tratada e será paga a uma empresa com alvará próprio, mas na qual colaborámos.

PARTILHA — Como em qualquer casa de família grande, também na nossa Casa há muitas despesas (vencimentos, seguros, luz, gás, combustíveis, seguros, géneros alimentícios, medicamentos, obras, etc.). A última factura que nos chegou (de um muro novo, na Rua Casa do Gaiato, e de um reservatório de água, junto) é muito pesada e ainda não a pudemos pagar. Nesta coluna, temos o dever de agradecer, aos nossos Amigos e Amigas, as partilhas simpáticas (sabe-se lá com que sacrifício...) que nos vão dando pessoalmente e enviando por outros meios. Entre os amigos certos que nos vão ajudando, para contribuir no pagamento das nossas grandes despesas, contamos com assinantes/leitores do nosso jornal O Gaiato, em especial da região centro de Portugal, como Coimbra e sua Diocese. Ainda queremos agradecer, aqui, a partilha empenhada dos cristãos amigos da Paróquia de Fermentelos (Oliveira do Bairro), na Diocese de Aveiro. A todos, o nosso bem-hajam!

Rapazes de Miranda