NOTA DA REDACÇÃO

Achamos que nunca temos tudo aquilo de que precisamos. É assim no plano material para muita gente que não voa mais alto do que isso, mas, mesmo para pessoas que querem voar mais alto que a efémera esfera material, também há, muitas vezes, insatisfação e reclamações contra Deus por Ele não lhes dar aquilo que elas lhe pedem ou que elas acham que merecem.

Rezamos tantas vezes o Pai Nosso sem meditarmos como deve ser no que estamos a rezar e sem praticarmos como deve ser o que estamos a rezar. Quando pedimos alguma coisa a Deus também muitas vezes não Lhe pedimos o que Lhe deveríamos pedir que é que "seja feita a Sua Vontade assim na Terra como no Céu".

Se rezássemos o Pai Nosso como deve ser e se praticássemos o que diz esta Oração, que Jesus nos ensinou, andaríamos provavelmente cansados com o trabalho, as canseiras e preocupações que a vida de todos os dias nos traz a todos, mas também andaríamos com o nosso espírito liberto dessa ânsia de querermos mais isto ou mais aquilo, que não temos, e mais atentos e disponíveis para que Deus faça em nós a Sua Vontade.

Nas cartas dos nossos Leitores, das quais tem sido bom hábito transcrevermos algumas passagens nestes números especiais do nosso Jornal, vemos, com muita alegria, não a atitude da pedinchice a Deus, mas, sim, essa atitude de quem sabe rezar o Pai Nosso como deve ser e que nos diz que o nosso Jornal e a nossa Obra ajudam nessa boa forma de orar. Se for mesmo assim, então que Deus nos ajude a continuarmos por cá desta maneira, enquanto Ele quiser, e que dê aos nossos queridos Leitores aquilo que eles precisam, antes de eles Lhe pedirem.

Américo Mendes