O GAIATO digital

* O grupo dos «Batatinhas» da Casa do Gaiato de Maputo *

Edição de 03 de Fevereiro de 2018: Ano LXXIV : n.º 1928


PENSAMENTO

Nem todos são chamados a perder a vida para cuidar dos mais, mas com igual mérito, dentro dela, com todos os cuidados dela, toda a gente é obrigada a chorar e a sofrer por simpatia, os males das casas vizinhas. É obrigação que impende sobre os corações feitos na carne do Coração de Jesus.

Pão dos Pobres, 1.º vol., 2.ª ed., 1942 p [35].

Pai Américo


DA NOSSA VIDA

Contrastes

«… Esta nossa Casa do Gaiato de Maputo está repleta, como sempre esteve, de muitos Rapazes da rua ou que o viriam a ser se não lhes déssemos a mão, e nela encontram tudo o que necessitam para crescer e curar as suas maleitas e se prepararem para, no futuro, virem a ser alavancas para o desenvolvimento da sua terra. Muitos já o alcançaram. Esperemos que sempre a encontrem acolhedora para o fazerem e nela permanecerem, e não venham a ter de ir, por força das circunstâncias, para outros lugares do mundo…»

Padre Júlio


MOÇAMBIQUE

«… Todos os dias ouvimos relatos de novas leis de protecção ao menor, estão preocupados com leis e são leis para tudo. O respeito pelo outro, motivando os valores éticos e morais tornam-se cada vez mais distantes. O bem mais precioso que Deus colocou no mundo, que é o ser humano, vive à deriva, à espera que apareça um samaritano e este acaba tendo que obedecer às leis do homem…»

Quitéria Paciência Torres

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Habitante desta Casa do Gaiato


SINAIS

«… Em 1951, fui pároco numa aldeia mirandesa. Vivi, durante um ano, na casa de família de um bondoso lavrador. Nas noites frias, ao calor do borralho, muitas vezes batiam à porta: - Entre quem é. - Sempre a voz do tio Paulino. Muitas vezes era um pobre. Dávamos lugar…»

Padre Telmo


PÃO DE VIDA

Com o Bispo

«… O Padre Américo, como homem de Deus e pastor da Igreja, teve ideias e práticas muito claras sobre as fontes e a tradição eclesial. O seu espírito de fé viva levava-o a ver o Bispo como representante de Cristo com a direcção de uma Igreja local. Uma vez, ao serviço dos pobres, chamado a contas pelo seu Bispo de Coimbra, foi ao seu encontro e D. Manuel Luís deu-lhe esta resposta pronta e textual: a sua vida é um mistifório…»

Padre Manuel Mendes


MALANJE

Os discípulos perguntaram-lhe: — Onde moras?...

«… Este mesmo mês se nos apresentou um rapaz que vivia na rua. Ele andava a pedir nos supermercados e a vender sacos de plástico às pessoas que iam às compras. Cansado de ter de procurar onde comer e onde dormir... alguém lhe falou da Casa do Gaiato e ele decidiu-se, agora, a vir. No início disse-lhe que tinha que pensar... mas os rapazes não pensaram e rapidamente lhe deram uma cama e um lugar no refeitório…»

Padre Rafael


BENGUELA

O egoísmo é inimigo da solidariedade

«… Os telefonemas são frequentes, das várias terras vizinhas ou afastadas. Quem nos dera poder dar uma resposta positiva! Porém, não é possível, enquanto não houver empregos para a colocação dos filhos mais velhos desta Família. São numerosos. Estão na idade de saírem da nossa Casa do Gaiato. O pai de família, porém, não põe, normalmente, o filho fora da casa, sem o mínimo de condições dignas para a sua sobrevivência. Uma dessas condições é o emprego que lhes garanta a sobrevivência com dignidade. Esta é, sem dúvida, a grande aflição que nos faz sofrer, nesta hora. Esta reflexão não significa desânimo. Temos esperança…»

Padre Manuel António

Casa de habitação dos Rapazes da Casa do Gaiato de Benguela


PATRIMÓNIO DOS POBRES

«… Quem nos telefona para irmos buscar móveis, nunca imaginou o alcance da sua oferta.

Nem sempre é possível recolher todas as doações, mas sempre que possível vamos buscá-las, contando que a deslocação seja compensada pela dádiva, isto é: que valha a pena! A nossa camioneta, três homens, uma tarde longa, gasóleo e portagens, tudo é posto na balança, pois também vivemos pobremente.

Quando nos aparece uma necessidade como a desta doente e uma mulher forte elogiada pela Escritura, os nossos corações exultam, o ânimo fortalece-se, a vida sorri-nos.

É tão bom servir os pobres e tão estimulante encontrar uma mulher com estrutura de samaritana!…»

Padre Acílio


SETÚBAL

Ei-los, no Verão, a saborear os dons que a Natureza nos concede

«… Segundo as leis dos homens, as crianças e os jovens até aos dezoito anos não podem trabalhar. Está bem, que não devem ser contratados para operários de uma fábrica, oficina ou qualquer empresa, mas devem ajudar os pais, em tempos livres, ou as mães na limpeza da casa, arrumo dos quartos, lavagem da loiça, preparação das refeições ou serviço à mesa, etc., pois nada repugna à lei positiva e segue a lei divina e natural que deve ser sempre preferida…»

                                                                        Padre Acílio

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CONFERÊNCIA DE PAÇO DE SOUSA

PARTILHA SOLIDÁRIA: JUNTANDO O "POUCO" DE MUITOS PODE FAZER-SE "MUITO"

«… A palavra "partilha" anda agora muito na moda por esse mundo fora e também por cá nos assuntos da economia social. Isso não é mau. O que é mau é quando se deturpa o que deveria ser o sentido do termo "partilha". Estamos a referir-nos às formas de partilha que não são verdadeiramente solidárias, no sentido que atrás definimos, mas sim àquelas em quem "partilha" o faz numa atitude "comercial". Com isto queremos dizer ceder a outros, a troco de dinheiro, capacidade sub-utilizada de um bem que é nosso. É isto que acontece com negócios do género da Uber (partilha de viatura para serviços de táxi), ou a Airbnb (partilha de habitação para alojamento turístico). Mas também é "comercial" a "partilha" quando, por exemplo, se faz "voluntariado" na expectativa de se arranjar emprego, ou outro tipo de vantagem da parte da instituição onde esse "voluntariado" é exercido, ou quando se "ajuda" alguém, ou alguma causa para andar a correr atrás da fama, ou de algum proveito…»

Américo Mendes


Pelas CASAS DO GAIATO


MIRANDA DO CORVO

— Visita do Bispo de Coimbra D. Virgílio — Padre Horácio — Agropecuária —Desporto

Rapazes de Miranda


BEIRE

Voluntárias/os "em Pro+cesso de…"

«… Não deixem perder a Análise Transaccional. Vou anos atrás. Vejo-me formador em Análise Transaccional, para a gestão das Relações Intra e Interpessoais, na Obra de Santa Zita. Encontrei lá grandes mulheres que, não sendo mães de família de sangue, aprenderam a ser mães de família do coração. Nas cozinhas e dispensas, nada se perdia. Tudo se transformava. Que delícias e que milagres ali se via fazer. - Não podemos desperdiçar nada. Vamos servir em famílias pobres. É pecado deixar estragar. Somos pobres…»

Um admirador


ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS GAIATOS E FAMILIARES DO NORTE

FOMOS "CANTAR AS JANEIRAS" : CONVÍVIO COM A NOSSA COMUNIDADE DO CALVÁRIO/BEIRE

ANO NOVO

Voltei à minha Capela.

Eu adoro rezar nela

e disse, de joelhos no chão:

- Pai Américo, pede

[ao Nosso Senhor

que dê um Ano cheio de Amor

aos irmãos Gaiatos

[e aos amigos da Associação!

Elísio Humberto