SETÚBAL

Feira e festa do pão, queijo e vinho

Os produtos mais dominantes do trabalho esforçado das pessoas da Quinta do Anjo resultam na produção do queijo, do vinho e do pão.

O pão que a Quinta do Anjo fabrica em muitas padarias, é o melhor que se come nesta zona e dá trabalho a muita gente.

Há décadas que lá vamos buscar o pão para a nossa mesa, dar aos pobres, sendo as sobras para o gado.

O queijo de ovelha é dos melhores do País, se não do mundo! Nesta aldeia-cidade encontram-se os maiores rebanhos e as mais alargadas salas de ordenha.

Os vinhos de Palmela são fabricados, também, na Quinta do Anjo, onde se situa uma das maiores adegas do Concelho. Com toda a razão, as gentes desta terra fazem festa e feira ao fruto do seu trabalho e inteligência.

A comissão que preside e orienta este evento tem facilitado, gratuitamente, à Casa do Gaiato uma banca onde temos vendido boa parte das nossas laranjas.

Este ano, aproveitamos a oportunidade para negociarmos outros frutos da nossa quinta, produtos quase biológicos porque criados à base do esterco das vacas, porcos e galinhas, gostosíssimos, como caldo verde, grelos de nabo, espinafres, lombardo, coração de boi e batatas novas.

Estiveram à frente da banca o Octávio, antigo Gaiato, e a sua mulher, a Mafalda, coadjuvados pelo Marco Aurélio, os quais foram incansáveis, mostrando ao numeroso público mais uma originalidade da Casa do Gaiato: - o sabor, hoje raro, da matéria-prima com que confeccionamos boa parte das nossas refeições.

A comissão dispensa o nosso agradecimento. Basta-lhes que demos graças a Deus, mas cada ano semeia em nós um peso acrescido de gratidão.

Conduta de água para Moçambique

Tem sido alvo de poucas, mas grandes, generosidades a causa da conduta d'água para a agricultura da nossa Casa de Moçambique.

Só Deus conhece o valor sacrificial de cada colaborador(a) e mede a sua magnanimidade. Nós registamos números e, às vezes, pelas cartas ou pelo silêncio gravamos impressões elevadas no nosso íntimo, mas Deus conhece em plenitude a realidade total.

Insiro hoje a sugestão do Amigo em carta vinda de Oeiras: - Senhor padre Acílio junto cheque de 2000€ sobre o Banco Millennium, sendo metade para o Património dos Pobres e a outra metade para a conduta da água da Casa do Gaiato de Maputo.

Sugiro que, em relação à conduta, seja referido no Jornal o saldo já existente e o que ainda falta para atingir o compromisso assumido, o que poderia ser feito mensalmente.

Acompanho quinzenalmente o que nos vai dizendo, não tenho dúvidas sobre a boa gestão do que lhe é confiado para os pobres.

Obrigado, meu senhor. Tem razão. Vou ser mais assíduo em falar desta campanha, sem prometer fazê-lo todos os meses. O saldo vai crescendo devagarinho com a heroicidade dos nossos Leitores. Não sei quanto, para este fim, chegou a Paço de Sousa. Para aqui veio 40435€.

O que falta? Centenas de milhares, embora contemos com o que o nosso amigo do Canadá nos arranje, quantia que, por enquanto, desconhecemos ou o que darão os nossos devotos de Espanha e os irmãos de Inglaterra.

Contamos com todos, pois o empreendimento é gigante, embora sublime.

Padre Acílio