SINAIS

Recordo com angústia e saudade as igrejas tão lindas das nossas aldeias. No centro das casas o sinal dos campanários. Dentro, sempre a luzinha do azeite — sinal da presença de Jesus.

Agora, a tristeza das igrejas vazias… Jesus ainda está e espera por nós. Não está zangado — espera ansioso, pelo nosso regresso…

A culpa? Não critiquemos ninguém. Vamos de novo — entremos devagarinho na que foi nossa igreja.

Recordo, com saudade, as missas dos domingos: homens, mulheres e crianças — alegres — nos seus fatos domingueiros — ao toque dos sinos pelas ruas em direcção à igreja...

A alegria das crianças e jovens, o silêncio dos homens, as mulheres, por família, com seus castiçais acesos, para rezar pelos familiares falecidos.

Junto do altar, as crianças; a seguir, os homens; no corpo da igreja, as mulheres.

Vamos de novo. Nossos amigos já estão no adro para o encontro da nossa amizade.

Eram deliciosos os nossos encontros no adro, enquanto esperávamos a hora de entrada.

Padre Telmo