SINAIS
Estava na barragem do Rio Quanza, em Angola, quando recebemos a visita de dois senhores padres da Obra de Pai Américo – Pe. Carlos e Pe. Horácio.
À noite, em vez de filme, ouvimos o sr. Pe. Carlos que nos falou da Obra.
Recordo que na despedida eu falei para ele: – Se um dia vos bater á porta, que me fazeis?!...
– Pois, abrimos a porta…
E foi logo nesse ano e fim da barragem que bati e a porta abriu.
Sr. Pe. Carlos e sr. Pe. Horácio já estão com Deus. Eu, já velhinho, ainda estou no nosso Calvário – Aldeia dos Doentes. Que neste momento é orientada pelo nosso Pe. Alfredo que, muitas vezes ao dia, me dá o seu braço para me apoiar. Retribuo com o meu sorriso, olhando as árvores frondosas do nosso Calvário.
No presente, o Calvário tem trinta doentes. As obras de reparação estão prontas e entrarão mais doentes.
Há dias, um nosso amigo: – Então, a vossa Obra?!...
– Está. Não vai morrer… Jesus não vai deixar…
Sorriu para mim.
Padre Telmo