SINAIS
Há dias foi o Dia do Pão… Nessa manhã, a visita da D. Conceição, com três lindas fogaças de pão trigo.
— Hoje é o Dia do Pão, disse com alegria.
Lindas fogaças! Lindo Dia do Pão!
Recordei, da minha infância, um companheiro mais novo que sempre me pedia para ir a sua casa cortar-lhe o pão. O pai, ao ir para o trabalho, na fogaça do pão centeio punha o sinal que ele não podia ultrapassar… Então, me pedia sempre para ir com ele para lhe cortar o pão! Ele tinha medo de ultrapassar o sinal. Recordei hoje o meu companheiro e a fogaça com sinal! Pão santo! Não mais esqueci a fogaça do meu companheiro de infância, que já está com Deus e com o seu pai.
Recordo com tanta saudade minha mãe Isabelinha que todos os dias ralhava comigo — amorosamente, por não comer…
Já estão todos no Céu, onde não falta o pãozinho nem as recordações da infância.
Recordo com saudade os fornos da minha aldeia, sempre abertos ao calor do lume. Saía pão quentinho! Lindas fogaças de pão trigo e centeio. Em cada rua comprida, um forno e o aroma do pão quente — seu aroma, seu gosto!
Agora, anda em sacos aos trambolhões. Foi-se o aroma e encanto de sua aparência amorosa… O paladar perdeu o sabor e a alegria do mastigar.
Louvor e graças ao pão.
Padre Telmo