SINAIS
Alguém, no último Gaiato, gostou muito dos SINAIS sobre o pão.
É bom recordar o grão de centeio lançado na sementeira às terras altas. E o grão de trigo, a terras baixas – mais férteis. Nasciam as searas e, quando maduras, era a cegada e o debulhar nas eiras da aldeia.
Grão de trigo. Grão de centeio. Era recolhido em sacos e guardado pelas famílias em tulhas. Cada família levava ao moinho um pouco de cada vez – só o necessário para a fornada daquela semana. Depois a cozedura no forno. Cada família tinha o seu pão – geralmente com fartura.
Quando as searas ficavam maduras, era urgente a cegada. Geralmente, vinham trabalhadores do sul. Os molhos de trigo e de centeio eram levados para as eiras da aldeia. Aí aguardavam e, já só grão, era levado para casa.
Cada família levava ao moinho uma porção em saco branco e ficava farinha branquinha. A seguir, o forno. Saiam fogaças louras. Iam à mesa e o pai, com a faca grande, cortava as fatias.
Padre Telmo