VINDE VER

Fraternidade

A educação para a positividade é uma novidade espantosa, que pode inverter a tendência humana propensa ao negativismo brutal, que tem acompanhado a trajectória das sociedades desde a pré-histórico. O mundo em que vivemos, adoptou o formatado para a corrida ao poder, pela ânsia de ser grande e importante, muitas vezes pisando tudo e todos. A construção de bases sólidas de uma educação para a positividade, apresenta-se como um desafio para as novas gerações. É um caminho novo florescente de amor, de esperança, de felicidade, de optimismo, de sabedoria, de bem-estar e de satisfação com a própria vida. Os bens materiais não respondem a tudo. A partilha, pode trazer significado à abundância dos bens deste mundo. A proposta de uma saída passa pela fraternidade e, com ela, virão todos os outros sentimentos de positividade.

O termo Frater em (latim) = a irmão em português, está carregado de significados que constituem a harmonia no seio familiar O modo de vida dos irmãos. E "como é bom os irmão viverem em harmonia". A fraternidade universal designa a boa relação entre os homens, em que se desenvolvem sentimentos de afecto próprios dos irmãos.

Fraternidade, é o laço de união entre os homens, fundado no respeito pela dignidade da pessoa humana e na igualdade de direitos entre todos os seres humanos. Onde cada um oferece e recebe o perdão, conserva a paz e garante o bem-estar da comunidade.

Hoje, quando regressei da Missa, veio o «Cassinda», o «Messias», o «Agostinho», o «Manuel pequeno», todos contentes comunicar que era o dia de aniversario deles. 15 de Maio, assinala o calendário. Aqui temos quatro rapazes que vieram para a nossa Casa, cada qual com a sua história de vida, sua data de entrada, mas o mesmo dia de aniversario natalício. Que agradável surpresa a vida prega. Ontem, desconhecidos na rua. Hoje, irmãos com o mesmo dia de festa de anos. Da Casa das Irmãs Cooperadoras Paroquiais de Santa Maria da Feira, nossas vizinhas, no Cavaco, vieram dois bolos que enchiam os olhos dos pequeninos de alegria. Mais a vela acesa no centro para cada um deles, conforme o costume. Mais doces que apareceram nas gavetas do refeitório pequeno. Alegria, uma caixa de fósforo, ali colocada, e uma faca para partir e repartir por todos. Casa 1 de cima e casa-Mãe e casa 3, os privilegiados do costume. São os «Batatas», apreciados por todos. Uma senhora Doutora telefonou-me, um dia deste, e perguntou: "e os Batatinhas estão bem?" Passei o telefone a um deles para confirmar a resposta. É assim a fraternidade, cria espaço de convívio e harmonia para todos. E todos têm lugar nesta expansão do amor em acção. A conclusão é de Pai Américo, "Sem beleza toda a pedagogia é morte".

Padre Quim